sexta-feira, 15 de abril de 2011

Guilherme Mannis representa o Brasil em regências na Itália e Canadá


Neste mês de abril, Guilherme Mannis, diretor artístico e regente titular da Orquestra Sinfônica de Sergipe, além de reger dois concertos em Aracaju(SE) um no dia 08, no Palácio Museu Olímpio Campos, e outro no dia 29, na Catedral Metropolitana, participará de temporadas internacionais de importantes orquestras do cenário musical americano e europeu.

Dia 15 de abril de 2011, na cidade de Toronto, no Canadá, o maestro regerá a Sinfonia Toronto, um dos principais grupos camerísticos deste país, em repertório que evidencia compositores alemães, em especial Karl Hartmann, conhecido no meio artístico como “The Good German”, pois sua expressão artística consistia em um baluarte contra o pensamento nazista vigente.  A orquestra, formada por especialistas da música de câmara da cidade de Toronto, possuidora por sua vez de uma vida cultural rica e diversificada, se apresenta por toda a Europa e é sucesso de crítica e público. O evento será realizado no Glenn Gould Studio, sala da rádio canadense Canadian Broadcasting Company (CBC), possuidora de acústica perfeita para este tipo de apresentação.

A Sinfônica de Roma, possui a direção artística do renomado maestro italiano Francesco La Vecchia e está entre as mais relevantes orquestras da Itália, ela gravou importantes obras, pelo selo Naxos, com grandes artistas como Angela Gheorghiu, Anton Nanut, Krystof Penderecki, Antônio Meneses, Nelson Freire e Moshe Atzmon, entre outros. O concerto será realizado no Auditorium Conciliazione, sede da Orquestra, no dia 21 de abril, Quinta-feira Santa, às 17h30, e no dia 22 de abril, Sexta-feira da Paixão, às 20h30. 


Nas comemorações romanas da Semana Santa, o maestro dirige-se a esta cidade, para comandar junto à OrquestraSinfonica di Roma dois concertos de páscoa na semana santa. O repertório a ser trabalhado com o grupo não poderia ser mais apropriado: a emocionante obra do compositor austríaco Joseph Haydn denominada “As sete últimas palavras de Cristo na Cruz”. Encomendadas ao artista pelo arcebispo de Cádiz, na Espanha, são descritas pelo próprio compositor da seguinte maneira: “Era costume da época, todos os anos durante a Quaresma, na Catedral de Cádiz, apresentar-se um oratórioe, para criar o necessário ambiente, faziam-se vparios preparativos. As paredes, janelas e colunas do templo era cobertas com panos pretos e somente uma lâmpada no meio da igreja iluminava esta santa escuridão. Na Sexta-Feira, ao meio-dia, as portas da igreja era fechadas e, em seguida, começava-se a ouvir a música. Depois da solene e significativa entrada musical, o bispo subia ao púlpito, pronunciava a primeira das Sete Palavras e dava a sua interpretação. Terminando, ele descia e caía de joelhos diante do altar, rezando. Enquanto rezava, o espaço de tempo era preenchido com a música. Assim, repetia-se a cerimônia sete vezes e, cada vez, a orquestra entrava com a música depois da nova palavra pronunciada. E, para este ritual, eu tinha que compor músicas de acordo com as palavras pronunciadas. Esta tarefa de criar 7 adágios, cada um com duração de 10 minutos que se seguiam sucessivamente e que não deveriam cansar os presentes, não era uma tarefa fácil.".  
Sobre os eventos, Guilherme Mannis ressalta: “Os convites para dirigir estas orquestras são extremamente positivos, pois refletem o reconhecimento de um trabalho bem feito no Brasil, aqui mesmo em Sergipe. Proporcionam ainda um intercâmbio saudável e positivo entre propostas artísticas. Sinto-me honrado em representar o país e o Estado de Sergipe, no qual desenvolvo plenamente minhas atividades.”